sexta-feira, 31 de julho de 2009

Especial Alfred Hitchcock


Nome completo Alfred Joseph Hitchcock

Data de nascimento 13 de Agosto de 1899

Local de nascimento Londres, Inglaterra

Reino Unido

Data de falecimento 29 de Abril de 1980 (80 anos)

Local de falecimento Los Angeles, Califórnia

Estados Unidos

Ocupação Diretor, Produtor, Ator e Roteirista

Altura 1.70 m

Cônjuge Alma Revile (1926 – 1980)


Sir Alfred Joseph Hitchcock (Londres, 13 de Agosto de 1899 — Los Angeles, 29 de Abril de 1980) foi um cineasta anglo-americano, considerado o mestre dos filmes de suspense, sendo um dos mais conhecidos e populares realizadores de todos os tempos.


Primeiros anos

Alfred Hitchcock nasceu em Leytonstone, em Essex (atual Londres). Filho de Emma e William Hitchcock,o seu pai vendia frutas e verduras, e ele tinha mais dois irmãos. Recebeu uma rígida educação católica na escola londrina St. Ignatius College, cuja a estrutura escolar era baseada nos ensinamentos do jesuíta Inácio de Loyola.

Aos 14 anos Hitchcock perdeu o pai, deixou a escola e começou a trabalhar na companhia Henley, como fabricante de cabos elétricos, onde desenvolveu trabalhos em design gráfico de publicidade.

A sua carreira cinematográfica começou em 1920, com um emprego na Famous Players-Lasky, da Paramount Pictures e, durante dois anos, ele fez o “cartão” que aparecia em dialógos de filmes mudos. Logo aprendeu a criar roteiros e a editar. Em 1922, tornou-se cenógrafo e assistente de direção. Em 1922 fez o seu primeiro filme, chamado Number Thirteen, mas o projeto foi abandonado. Entre 1923 e 1925, Hitchcock trabalhou em Berlim, na UFA (Universum Film AG).

A sua criatividade surpreendeu os dirigentes do estúdio, que decidiram promovê-lo a diretor e, em 1925, ele ganhou a primeira chance como diretor no filme The Pleasure Garden, feito pela Ufa Studios na Alemanha. Em 1926 estreou no suspense com o filme The Lodger: A Story of the London Fog (pt: O pensionista / br: O inquilino ou O locatário). Este filme seria o seu primeiro sucesso, baseado nos assassinatos de Jack, o Estripador. A partir daí, Hitchcock faria pelo menos uma aparição em cada uma de suas produções, o que se tornaria uma das suas marcas. Foi também o seu primeiro filme de suspense, gênero que o consagraria em todo o mundo.

No mesmo ano, casou-se com Alma Reville. Ela era assistente de diretor e trabalhava com ele na Paramount. A primeira filha do casal, Patricia, nasceu em 1928.

Período inglês

Em 1929, Hitchcock filmou Blackmail (Chantagem e Confissão) , o primeiro filme sonoro britânico. Em 1933, Hitchcock foi trabalhar na Gaumont-British Picture Corporation, e o seu primeiro filme para a companhia chamou-se The Man Who Knew Too Much (O Homem que Sabia Demais), de 1934, que seria refilmado em 1956 com outros atores.

O seu segundo filme pela companhia foi The 39 Steps (Os 39 Degraus), de 1935, considerado o melhor filme deste período. Neste filme, pela primeira vez ele usa uma técnica chamada de MacGuffin (as vezes de McGuffin ou Maguffin), a técnica designa uma desculpa argumental que motiva aos personagens a desenvolver uma história, o que na realidade carece de relevância. É também o primeiro filme que Hitchcock usa o elemento de uma fuga de um inocente.O seu próximo sucesso foi The Lady Vanishes (A Dama Oculta) (1938), que envolvia intriga internacional.

Estes filmes chamaram a atenção de Hollywood para o diretor tanto que o produtor David O. Selznick chamou-o para trabalhar.

Período em Hollywood

Hitchcock mudou-se para os Estados Unidos em 1939 e tornou-se cidadão norte-americano em 1955. Seu primeiro filme americano foi Rebecca, que rendeu ao cineasta sua primeira indicação ao Oscar. Rebecca, que era ambientado na Inglaterra e baseado no romance de Daphne du Maurier, teve atores como Laurence Olivier e Joan Fontaine. Rebecca ganhou o Oscar de melhor filme, mas Hitchcock perdeu na disputa de diretor.

O seu segundo filme em Hollywood foi Foreign Correspondent (Correspondente Estrangeiro / Correspondente de Guerra), em 1940, filmado durante o primeiro ano da Segunda Guerra Mundial, e que também foi nomeado para o Oscar de melhor filme, mas não ganhou.

Na década de 1940, os filmes de Hitchcock tornaram-se mais diversificados, passando pelo género comédia em Mr. & Mrs. Smith (Um Casal do Barulho / Meu Marido é Solteiro) (de 1941), ao filme noir em Shadow of a Doubt (A Sombra de Uma Dúvida) (de 1943) e a ficção sobre leis em The Paradine Case (Agonia de Amor / O Caso Paradine) , de 1947.

Saboteur (Sabotador), de 1942, foi o primeiro de dois filmes feitos pela Universal; A Sombra de Uma Dúvida foi o segundo, e era um dos filmes preferidos de Hitchcock.

Spellbound (Quando Fala o Coração / A Casa Encantada) de 1945, com Ingrid Bergman e Gregory Peck,recebeu nomeação para o Oscar de melhor filme, melhor diretor e melhor ator secundário (Michael Chekhov), entre outros. O produtor David O. Selznick utilizou as suas experiências na psicanálise, e até levou aos estúdios sua terapeuta, para servir de consultora. Hitchcock fez algumas cenas baseadas no artista plástico Salvador Dalí para ilustrar certas cenas de de confusão mental, as quais Selznick odiou.


Notorious (Interlúdio / Difamação) , de 1946, onde participam Cary Grant e Ingrid Bergman, foi o primeiro filme que Hitchcock dirigiu e produziu, e que Selznick não participou da produção, feita pela RKO (Radio-Keith-Orpheum) Pictures. O filme recebeu a indicação para o Oscar de ator secundário, mas não venceu. The Paradine Case (Agonia de Amor / O Caso Paradine) , de 1947, foi seu primeiro filme colorido, e foi protagonizado por Gregory Peck.

Rope (Festim Diabólico / A Corda) de 1948, foi baseado na peça teatral de Patrick Hamilton. Embora não tenha sido seu primeiro filme como diretor e produtor, foi o primeiro em que recebeu o crédito por isso. Foi também o primeiro de uma série de filmes de sucesso estrelados por James Stewart. Baseado na história do caso de Leopold e Loeb, Rope é tido como tendo um conteúdo homossexual.

Em 1949, Hitchcock lançou o filme Under Capricorn (Sob o Signo de Capricórnio), em uma co-producção com Sidney Berstein e estrelado por Ingrid Bergman. O filme fracassou, em parte pela publicidade negativa sobre o relacionamento extraconjugal que Ingrid Bergman estava tendo com o diretor italiano Roberto Rossellini.

O filme Strangers on a Train (Pacto Sinistro / O Desconhecido do Norte-Expresso), de 1951, foi baseado no romance de Patricia Highsmith (que também escreveu The Talented Mr. Ripley (O Talentoso Ripley) e apresentou sua filha Patricia Hitchcock em um pequeno papel. Foi seu primeiro filme distribuído pela Warner Bros e, anos mais tarde, seria fonte de inspiração para Throw Momma from the Train (Jogue a Mamãe do Trem), de 1987, com Billy Crystal e Danny DeVito. Segundo Roger Ebert, vencedor do Prêmio Pulitzer e crítico de filmes, Strangers on a Train era o melhor filme de todos os tempos.

No começo dos anos 50, a MCA e o agente Lew Wasserman, que tinha como clientes James Stewart e Janet Leigh, tiveram grande importância nos filmes de Hitchcock. Com a ajuda de Wasseraman, Hitchcock teve grande liberdade criativa para trabalhar em seus filmes.

Em 1954, o filme Dial M for Murder (Disque M Para Matar) trouxe Ray Milland e Grace Kelly nos papéis principais. Foi o primeiro filme em que Hitchcock trabalhou com Grace Kelly, baseado na peça escrita por Frederick Knotte, pela primeira vez, o diretor usou a técnica 3D.

No mesmo ano, Hitchcock lançou o filme Rear Window (Janela Indiscreta), com James Stewart e Grace Kelly nos papéis principais. O filme é considerado um dos maiores sucessos do diretor.

No ano seguinte foi a vez de To Catch a Thief (Ladrão de Casaca) com Gary Grant e Grace Kelly. Em 1956, Hitchcok refilmou The Man Who Knew Too Much (O Homem que Sabia Demais), agora com James Stewart e Doris Day nos papéis principais. O diretor considerou a refilmagem superior ao original feito por ele em 1934. No filme, Doris Day aparece cantando a música Que Será, Será (Whatever Will Be, Will Be).

Em 1957, o diretor lançou o filme The Wrong Man (O Homem Errado / O Falso Culpado) , com Henry Fonda e Vera Miles, com roteiro baseado no livro The True Story of Christopher Emmanuel Balestrero, de Maxwell Anderson, um caso real de confusão de identidade.

Vertigo (Um Corpo Que Cai / A Mulher que Viveu Duas Vezes), com James Stewart e Kim Novak, de 1958, é visto como uma das obras-primas do diretor, embora na época tenha sido um fracasso comercial. O filme foi eleito entre os cem melhores filmes de todos os tempos pelo Instituto de Cinema Americano, em 1998.

North by Northwest (Intriga Internacional), de 1959, foi produzido pela MGM, e protagonizado por Cary Grant, Eva Marie Saint e Martin Landau, entre outros. Conta a história de um homem inocente perseguido por agentes de uma misteriosa organização. É considerado como um grande trabalho de Hitchcock.

Psycho (Psicose / Psico) , de 1960, que teve como protagonista Janet Leigh, Anthony Perkins e Vera Miles, venceu o Globo de Ouro na categoria melhor atriz coadjuvante (Janet Leigh). O filme trouxe uma das cenas mais conhecidas da história do cinema, a famosa cena do chuveiro, quando a personagem de Janet Leigh é assassinada a facadas. O filme ficou na décima oitava posição entre os 100 melhores filmes do Instituto de Cinema Americano.

The Birds (Os Pássaros), de 1963 é baseado num conto de mesmo nome da escritora britânica Daphne Du Maurier e é protagonizado por Rod Taylor, Jessica Tandy e Tippi Hedren, esta última uma descoberta de Hitchcock. O filme inovou na trilha sonora e em efeitos especiais, e por este último motivo foi nomeado para o Oscar. Tippi Hedren, mãe da futura atris Melanie Griffith, ganhou o Globo de Ouro.

Marnie (Marnie, Confissões de uma Ladra / Marnie), de 1964, foi estrelado por Tippi Hedren e Sean Connery, e é um dos filmes clássicos de Hitchcock. Em 1966, ele lançou Torn Curtain (Cortina Rasgada), um thriller político com Paul Newman e Julie Andrews nos papéis principais.

Topaz (Topázio), filmado entre 1968 e 1969, fala sobre a Guerra Fria, e conta a história de um espião, com roteiro baseado no livro de mesmo nome escrito por Leon Uris. Foi um filme que não trouxe nenhuma grande estrela, na verdade, apenas nomes desconhecidos. Muitos acreditam que Hitchcock não quis chamar nenhuma estrela de Hollywood para este filme após alguns conflitos com Paul Newman em seu último filme.

Em 1972, Hitchcok lançou Frenzy (Frenesi / Frenzy, Perigo na Noite), um thriller sobre crime que trouxe pela primeira vez cenas de nudez e palavras de baixo calão em um de seus filmes.

Morte

Em 1980, Alfred Hitchcock recebeu a KBE da Ordem do Império Britânico, da mãos da Rainha Elizabeth II. Ele morreria quatro meses depois, de insuficiência renal, em sua casa em Los Angeles.

Características do cinema de Hitchcock

Suspense

O suspense de Hicthcock distinguia-se do elemento surpresa mais característico do cinema de horror. O suspense é acentuado pelo uso de música forte e dos efeitos de luz. Nos filmes hitchcockianos, a ansiedade do espectador aumenta pouco a pouco enquanto, o personagem não tem consciência do perigo. São apresentados dados ao telespectador que o personagem do filme não sabe, criando uma tensão no espectador em saber o que acontecerá quando o personagem descobrir. Em Psycho, somente o espectador vê a porta se entreabrir, esperando algo acontecer enquanto o detetive sobe a escada.

O espectador como voyeur

Em alguns filmes, o personagem age como se soubesse que o telespectador está observando sua vida. No filme “Rear Window” (1954), o personagem Lars Thorwald (interpretado por Raymond Burr) confronta Jeffries (interpretado por James Stewart) dizendo: “O que você quer de mim?” endereçando a pergunta ao telespectador com um um close em seu rosto.

Aparições do diretor em seus filmes

Hitchcock usou em vários de seus filmes o que é conhecido como cameo (camafeu em português), onde uma pessoa famosa aparece em um filme. Porém, nos filmes de Hitchcock, quem aparecia era ele próprio. Ele é visto em aparições breves, geralmente no início de seus filmes. Para não distrair o público do enredo principal, no decorrer de sua obra o diretor passou a aparecer logo no início dos filmes.

Alguns exemplos de aparições de Hitchcock são:

* Rear Window (br. Janela Indiscreta) – aparece dentro do apartamento do pianista

* Psycho (br. Psicose) – passa a frente do escritório de Marion trabalho com chapéu de cowboy

* Torn Courtain (br. Cortina Rasgada) – aparece logo aos oito minutos segurando um bebê no hall do hotel em que os protagonistas se hospedam.

* Frenzy (br. Frenesi) – aparece no início do filme, no meio da multidão que está às margens do rio quando um corpo da vítima aparece boiando.

* Suspicion (br. Suspeita) – aparece enviando uma carta no posto dos correios da cidade.

* Shadow of a Doubt (br. A Sombra de uma Dúvida) – aparece num trem, jogando cartas com um homem e uma mulher.

* Spellbound (br. Quando Fala o Coração) – sai do elevador do Empire Hotel carregando uma maleta de violino e fumando um cigarro.

* Blackmail (br. Chantagem e Confissão) – aparece em cena como um passageiro no metrô que é importunado por um garoto.

* Family Plot (br. Intriga em Família) – aparece o seu perfil por trás do vidro de uma porta como se estivesse a falar para outra pessoa e a gesticular.

* Dial M for Murder (br. Disque M Para Matar) – aparece no canto inferior esquerdo de uma fotografia pendurada na parede da sala.

* The birds (br. Os Pássaros) – aparece passeando pela calçada do lado de fora da loja de animais.

* Lifeboat (br. Um Barco e Nove Destinos) – inicialmente, o diretor teve a idéia de aparecer como um corpo boiando próximo ao barco. Porém, entusiasmado com seu sucesso na tentativa de perder peso, Hitchcock decidiu aparecer posando para fotos “Antes & Depois” a respeito de um remédio para emagrecimento chamado “Reduco”, mostrado num jornal durante o filme.

* Rope (br. Festim Diabólico) – aparece duas vezes. Logo no início, aparece atravessando a rua. Mais tarde, uma caricatura de Hitchcock aparece num neon que reflete na janela do apartamento dos assassinos, em Nova York. Esta é uma referência à aparição feita em Lifeboat, onde se lê “Reduco”, como na aparição feita quatro anos antes.

* Notorius (br. Interlúdio) – aparece após aproximadamente uma hora de filme em uma festa realizada na mansão de Alexander Sebastian.

* Vertigo (br. Um Corpo Que Cai) – aparece aos exatos onze minutos de filme, caminhando com um terno em frente ao estaleiro de Gavin Elster.

* Strangers in a Train (br. Pacto Sinistro) – aparece aos 5 minutos de filme, embarcando no trem com um contrabaixo.

* Foreign Correspondent (br. Correspondente Estrangeiro ) – aparece aos 12 minutos de filme, lendo um jornal e usando um chapéu.

* Rebecca (br. Rebecca, A Mulher Inesquecível) – aparece aos 126 minutos de filme, na rua, perto de uma cabine telefônica.

* The Lady Vanishes (br. A Dama Oculta) – aparece quase ao final da Victoria Station, fumando um cigarro.

* North by northwest (br. Intriga Internacional) – aparece logo no começo do filme correndo para pegar o ônibus.

* Topazio (br.Topázio) – aparece na estação de trem, numa cadeira de rodas, depois se levanta para cumprimentar um homem.

Personagens femininas

As personagens femininas geralmente são heroínas loiras e amáveis, que quando se apaixonam, tornam-se perigosas. Em Marnie, de 1964, a personagem título interpretada por Tippi Hedren é cleptomaníaca. Em To Catch a Thief, de 1955, Francie (interpretada por Grace Kelly) oferece ajuda a um homem que ela acredita ser um gatuno. Em Rear Window, Lisa (interpretada por Grace Kelly novamente) arrisca sua vida entrando escondida no apartamento do personagem Lars Thorwald. Em Psycho, Janet Leigh rouba 40 mil doláres e é assassinada por um psicopata.

A figura da mãe várias vezes presente em seus filmes geralmente com uma relação complicada com os filhos. Em “Os Pássaros”, a mãe tem grande medo de ser abandonada por seu filho.

Várias atrizes loiras interpretaram grandes personagens nos filmes de Hitchcock. Tippi Hedren (em “Os Pássaros” e em “Marnie”), Kim Novak (em “Vertigo”), Grace Kelly (em “Dial M for Murder” e “Rear Window”, Vera Miles e Eva Marie Saint (em “North by Northwest”) . Quando Hichcock foi filmar “Vertigo” ele queria Vera Miles no papel principal mas como ela acabado de ganhar um filho, a Warner lhe deu Kim Novak. Segundo Hicthcock, com Novak ele perdeu totalmente o interesse no filme, ele queria encontrar uma nova Grace Kelly e achava que Vera Miles era mais perfeita para isso.


Personagens masculinos

Os personagens masculinos são geralmente homens com relacionamento conflituosos com a mãe. Em North by Northwest, de 1959, o personagem Roger Thornhill, interpretado por Cary Grant, é um homem inocente ridicularizado pela mãe. Em The Birds de 1963, o personagem do actor Rod Taylor luta para libertar-se da mãe possessiva, interpretada por Jessica Tandy. O assassino de Frenzy, de 1972, idolatrava a mãe. O vilão Bruno, do filme Strangers on a Train odeia o pai e tem uma relação muito próxima com a mãe. Sebastian (Claude Rains), em Notorious, tem uma relação conflituosa com a mãe. E mais famosa de todas, o personagem Norman Bates de Psycho cuja relação com a mãe é totalmente anormal.

MacGuffin

MacGuffin é um conceito original nos filmes de Hitchcock, um termo usado pelo cineasta para inserir um objecto que serve de pretexto para avançar na história sem que ele tenha muita importância no conteúdo da mesma. O MacGuffin de “Psycho” é o dinheiro roubado do patrão. O dinheiro só serve para conduzir a personagem Marion Crane até o Motel Bates, mas ao chegar ao Motel o dinheiro perde a importância no desenrolar da história. Já o MacGuffin de “Torn Courtain” é a fórmula que possibilitaria a construção de um antimíssil. É para conseguir a fórmula que o personagem principal parece desertar para Berlim Oriental, é seguido pela noiva e daí desenvolve-se o enredo.

Temas recorrentes

Um tema recorrente explorado por Hitchcock foi a confusão de identidade. Em Intriga Internacional, Roger Thornhill, interpretado por Cary Grant, é confundido com George Kaplan, um agente da CIA.

Objetos recorrentes

Em alguns filmes, os personagens bebiam brandy, como em Vertigo, Rear Window e Topázio. Hitchcock também, adorava o número 7, e sempre que podia o incluía em algum filme.

Outro objeto recorrente era a inclusão da escada, presente na sequência final de Notorious e na mansão de Norman Bates de Psycho.

Principais prêmios

Alfred Hitchcock recebeu o Prêmio Irving Thalberg da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood pelo conjunto de sua obra; entretanto, apesar de indicado seis vezes ao Oscar, cinco vezes como melhor diretor e uma como melhor produtor, jamais recebeu a cobiçada estatueta, juntando-se a outro gênio cinematográfico também nunca agraciado com o prêmio máximo da academia, Stanley Kubrick.

Suas seis indicações aos Oscar foram pelos filmes Rebecca (1940), Lifeboat (1944), Spellbound (1945), Rear Window (1954) e Psycho (1960), como diretor; e Suspicion (1941), como produtor.

É considerado pelo The Screen Directory, uma das mais sérias e respeitadas publicações sobre cinema do mundo, como o “maior diretor de todos os tempos”

Filmografia

1976 – Trama diabólica (Family plot)
1972 – Frenesi (Frenzy)
1969 – Topázio (Topaz)
1966 – Cortina rasgada (Torn curtain)
1964 – Marnie – Confissão de uma ladra (Marnie)
1963 – Os pássaros (The birds)
1960 – Psicose (Psycho)
1959 – Intriga internacional (North by northwest)
1958 – Um corpo que cai (Vertigo)
1958 – O homem errado (The wrong man)
1956 – O homem que sabia demais (The man who knew to much)
1956 – O terceiro tiro (The trouble with Harry)
1955 – Ladrão de casaca (To catch a thief)
1954 – Janela indiscreta (Rear window)
1954 – Disque M para matar (Dial M for muder)
1952 – A tortura do silêncio (I confess)
1951 – Pacto sinistro (Strangers on a train)
1950 – Pavor nos bastidores (Stage fright)
1949 – Sob o signo de capricórnio (Under capricorn)
1948 – Festim diabólico (Rope)
1947 – Agonia de amor (The paradine case)
1946 – Interlúdio (Notorious)
1945 – Quando fala o coração (Spellbound)
1943 – Um barco e nove destinos (Lifeboat)
1943 – A sombra de uma dúvida (Shadow of a doubt)
1942 – Sabotador (Saboteur)
1941 – Suspeita (Suspicion)
1941 – Um casal do barulho (Mr. and Mrs. Smith)
1940 – Correspondente estrangeiro (Foreign Correspondent)
1940 – Rebeca, a mulher inesquecível (Rebecca)
1939 – A estalagem maldita (Jamaica inn)
1938 – A dama oculta (The lady Vanishes)
1937 – Young and innocent
1936 – O marido era o culpado (Sabotage)
1936 – O agente secreto (The secret agent)
1935 – Os 39 degraus (The 39 steps)
1933 – Waltzes from Vienna
1932 – O mistério número 17 (Number seventeen)
1932 – Ricos e estranhos (Rich and strange)
1931 – The skin game
1929 – Assassinato (Murder)
1929 – Juno and the Paycock
1929 – Chantagem e confissão (Blackmail)
1929 – O ilhéu (The manxman)
1928 – Champagne
1928 – A mulher do fazendeiro (The farmer`s wife)
1927 – O ring (The Ring)
1927 – Easy virtue
1927 – Downhill
1926 – A story of the London fog
1926 – The lodger
1926 – The mountain eagle
1925 – The pleasure garden




quinta-feira, 30 de julho de 2009

perereca moon cd ao vivo 2009

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

O Sobrenatural Independente














A América sempre foi bem vinda para receber comunidades imigrantes do velho continente, portanto não é de se surpreender que algumas pessoas vindas da Transilvânia tenham feito morada na terra dos yankees. A começar por Bela Lugosi que personificou o Conde Drácula em 1931, mas sua estrela caiu rapidamente vindo fazer uma ponta em Abbott and Costello Meet Frankenstein (1948) e por alguns anos, talvez por vergonha, o conde sumiu dos filmes estadunidenses, encontrando guarda nos castelos da Hammer na Inglaterra.

Enquanto isso a saga vampiresca era piada nos Estados Unidos, arrastada por sketches na TV e desenhos animados. Uma mudança de nome e uma espécie de renascimento ocorreu com Count Yorga, Vampire (1970), que trouxe os vampiros nos tempos atuais, para longe do gótico inglês da Hammer.

Uma continuação aconteceu (The Return of Count Yorga, 1971), mas o filme mais influente na época foi The Night Stalker (1972), uma produção para a TV onde o repórter Carl Kolchak caça um vampiro nas ruas movimentadas de Las Vegas. Foi suficientemente bem sucedido para ganhar uma sequência (The Night Strangler, 1973) e uma badalada série de TV chamada Kolchak: The Night Stalker exibida entre 1974 e 1975.

Oito episódios de Kolchak foram roteirizados por um talentoso jovem escritor chamado David Chase - futuro criador do mega-hit de TV, A Família Soprano (1999-2007) - no entanto Chase já havia conhecido os filhos da noite: roteirizou uma produção independente chamado Grave of the Vampire (1972), bizarrice que conta a história de um vampiro que estupra uma mulher e nove meses depois dá a luz a um bebê sedento de sangue.

Drácula não passou bons bocados durante a era de ouro do exploitation: mudou de nome para Adrian e mexeu com vodu em Guess What Happened to Count Dracula? (1970), os filhos gays do vampiro mestre têm desejos estranhos em Dragula (1971); a filha de Drácula se casa com o filho do Lobisomem e se muda para a Califórnia no demente Blood (1974, de Andy Milligan, quem mais?) e finalmente os vampiros encontram a discoteca em Nocturna (1979) - com John Carradine fazendo o papel do mestre dos vampiros.

Ainda bem que George Romero parou com a bagunça e desmistificou os seres noturnos em MARTIN (1976). Então chegou os anos 80 e The Hunger (1983), A HORA DO ESPANTO (1985), QUANDO CHEGA A ESCURIDÃO (1987) e GAROTOS PERDIDOS (1987) fizeram a fama pop que já é conhecida.

Então falaremos de almas penadas com raiva: os independentes cineastas também souberam levar uns trocos do "além túmulo". Porém, por suas próprias origens, as histórias de fantasmas precisam ter uma certa "classe", ou um mínimo de elegância para serem para serem levadas a sério, coisa que faltava e muito nos entusiastas do baixo orçamento.

Talvez porque as aparições precisem ter um bom suporte do elenco, os diretores perceberam que não bastava bater portas e fazer ventar dentro da casa. Por seu próprio conceito, para ser mais convincente esta categoria deveria ser mais elaborada que slashers e filmes de tortura.

A despeito de grandes premissas, estes erros podem ser encontrados em The Demons of Ludlow (1983), The Hearse (1980), The House of Seven Corpses (1973), The Evil (1978), Movie House Massacre (1984), Natas: The Reflection (1983) e Let's Scare Jessica To Death (1971).

De todos estes subgêneros citados, nenhum leva o caneco no quesito quantidade quando o tema é ocultismo e satanismo. Depois do sucesso absoluto de O BEBÊ DE ROSEMARY (1968) e do ainda mais famoso O EXORCISTA (1973), uma legião (sem trocadilhos) de produções similares apareceu. A bruxaria está presente em Mark of the Witch (1972), Simon, King of the Witches (1971), Blood Sabbath (1972) e Dark August (1975).


O culto ao demônio no cinema exploitation é uma figura a parte: na maioria dos casos é a desculpa dos pornógrafos para mostrar sexo grupal na tela do cinema, afinal isso envergonha tanto o Protestantismo quanto o Catolicismo e o Judaísmo.

Os 'satanistas' no exploitation são apenas cristãos travestidos, tão fora de escopo quanto as tentativas de se representar o paraíso. As vítimas de sacrifício, por exemplo, são sempre drogadas ou hipnotizadas e quase todos os cultos pagãos são feitos sem erotismo. Apesar dos esforços, a exibição de sexo grupal nestas produções acabou tendo o efeito reverso, afastou a audiência, e foi aplicado poucas vezes.

Com a notória exceção de David Cronenberg, a mescla de sci-fi e horror funcionou muito pouco nos tempos do exploitation. Os filmes de cientista louco eram bobos por ter uma motivação muito fraca do antagonista, vide Flesh Feast (1970), The Brain of Blood (1971), The Possessed! (1974) e Doctor Gore (1972). Outras coisas malucas vieram de Frankenstein Island (1981) e do tresloucado The Corpse Grinders (1971). A grande referência entre os horrores sci-fi no exploitation é EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO (1973) de George Romero com destaques para Stigma (1972) e Blue Sunshine (1977).

E não poderíamos fechar o capítulo e deixar de falar um pouco sobre os zumbis. Depois de A NOITE DOS MORTOS VIVOS, o exploitation fez muitos outros filmes de mortos-vivos, porém nenhum se igualou ao mestre. Entre eles temos Messiah of Evil (1973), Children Shouldn't Play With Dead Things (1972) e Garden of the Dead (1972). Na sequência veio DESPERTAR DOS MORTOS e mais cópias entraram no caminho: The Alien Dead (1980), Night of Horror (1981) e The Curse of the Screaming Dead (1982), entre outros. Um raro caso de produção zumbífica pós-Despertar que não deve nada a Romero é Fiend de 1980. Outras nuances criativas ficam para Sole Survivor (1982) e One Dark Night (1983).

Bichos e Monstros Invadem os Cinemas















O exploitation não é somente sobre "extremos" e barreiras a serem quebradas, o horror continuava a oferecer alternativas mais "tradicionais" e a corrida dos distribuidores para embalar o sucesso do mainstream com uma fração do orçamento era muito comum. Para cada ALIEN, TUBARÃO ou EXORCISTA haviam diversas versões "alternativas". Um destes filões explorados foram os filmes de monstros.

As produções de monstros começaram nos anos 50 (excluindo os mega-clássicos da Universal) e muitos deles nos anos 70 continuavam onde The Thing From Another World (1951) e O MONSTRO DA LAGOA NEGRA (1954) pararam. O cenário era quase o mesmo: homens da lei, cientistas dedicados e médicos que se digladiavam contra monstros à solta; jornalistas ou adolescentes procurando a verdade; garotas sendo ameaçadas quando vão nadar.

Esse revival dos anos 50, com algum gore adicionado, tornaram-se recorrentes entre os exploitations. Without Warning (1980), The Return (1980), The Alien Factor (1977) e a pequena gema The Deadly Spawn (1982).

As variações são muitas: meteoros que criam monstros (The Crater Lake Monster, 1977), coisas há muito adormecidas ou habitantes do pântano que simplesmente resolvem defender seu território e como não podia deixar de ser, muitas esquisitices nonsense.

Começando com Blood Freak (1972), uma pessoa metade homem, metade peru(!) por culpa das drogas. Octaman (1971) criado por radioatividade, Track of the Moonbeast (1976), que faz um homem virar besta por causa de uma pedra lunar (!) e a indecisão de Rana: The Legend of Shadow Lake< (1981) entre ser um mutante ou um demônio índio.

Flertando com Freaks, de Tod Borrowing, temos o aclamado Basket Case (1981) trazendo o monstro para os centros urbanos, e o mais emblemático de todos, Attack of Beast Creatures (1983), pois é tão afetado pelo baixo orçamento que os monstros parecem fantoches com dentes laminados - é difícil dizer se são monstros ou manequins animados sobrenaturalmente.

Se você descontar oceanos, lagos e córregos como esconderijos para seu mutante, certamente o melhor lugar é uma mina ou caverna abandonada. Os ingleses parecem fazer isso muito bem, anos antes de ABISMO DO MEDO (2005), The Silurians (1970) e The Green Death (1973) já colocavam os bichos nestes locais escuros e úmidos. O chefe de todos talvez seja The Strangeness (1980) pela atmosfera e condução.

O mais famoso monstro estadunidense, o pé grande, também se faz presente como um homicida em The Legend of Boggy Creek (1972), largamente distribuído nos drive-ins com sustos honestos e, como principal característica, ser filmado como um documentário. Sim, anos antes de A BRUXA DE BLAIR (1999) e até mesmo CANNIBAL HOLOCAUST (1980) - o êxito fez com que Boggy Creek ganhasse duas continuações.

Além dele, Creature from Black Lake (1976), Shriek of the Mutilated (1974) - cujo pé grande parece muito bom se você assistir após algumas cervejas - e o pequeno clássico Night of the Demon (1980) em que na sua cena antológica o pé grande arranca o pênis de um incauto viajante com suas próprias mãos, compondo uma bizarrice antológica.

sábado, 25 de julho de 2009

Quando Sangue não é o Bastante

















Sexo e violência são o alfa e o ômega do exploitation, e os cineastas dos anos 70 encontravam maneiras cada vez mais bizarras e explícitas de ricochetear entre estes dois tópicos. Os filmes de horror se tornavam cada vez mais sexuais e sacanas e os filmes eróticos cada vez mais sangrentos e sujos.

Enquanto o material realmente extremo ficava na obscuridade, longe da atenção dos críticos de cinema, uma quantidade suficiente deles respingou na audiência e criou uma demanda para esse controverso estilo.

As restrições da censura relaxaram no fim dos anos 60 e começo dos 70, fazendo os filmes eróticos subirem a um novo patamar; um independente sexploitation chamado I Am Curious Yellow (1967), por exemplo, foi o vigésimo filme mais rentável de 1969. Conforme a década virou, a Rua 42 foi ganhando novos limiares de sexo explícito e terror. É até difícil de acreditar o quão rápida esta mudança aconteceu.

Para terem uma noção, em 1971 foi lançado D.O.G. - Deviations On Gratification, dirigido por Jack Gennaro, que inclui uma cena grotesca que - descrita pela conceituada revista Variety - mostra "uma tentativa frustrada de um jovem gay de se atracar com um cão pastor alemão". Puxando a borda um pouco mais, no ano seguinte, uma associação entre os jovens inexperientes Sean Cunnighan (produtor) e Wes Craven (diretor), rendeu Last House on The Left ou ANIVERSÁRIO MACABRO, que tem uma história própria de problemas com órgãos moralistas.
Por muitos anos, o longa era referência de críticos de cinema como a evidência da maior depravação que se poderia imprimir em celulóide. Não deixa de ser irônico quando trinta anos depois a gigante MGM prestigia o filme com uma versão em DVD recheada de extras.

Mas, acredite, podia ser pior: segundo o livro de David Szulkin, Wes Craven's Last House on the Left: The Making of a Cult Classic, algumas cenas eram ainda mais pesadas e repulsivas. Não passar esta barreira foi importante para que o filme não caísse no esquecimento, afinal quem tentou ir além dela continuou nas sombras da obscuridade, tais como Hardgore (de Michael Hugo) e Unwilling Lovers (de Zebedy Colt).

Há uma outra razão lógica para que Craven não entrasse na pornolândia. Combinar pornografia e horror parece o último sonho de um diretor de exploitation, todavia na prática a mescla dificilmente funciona. Há algo absurdamente anti-climático no sexo hardcore que se recusa a entrar no gênero terror e quando alguém tenta forçar a barra, o mutante que resulta é estático e desconfortável. É aí que a coisa pega: se o casal em cópula é atraente, não prestamos atenção ao roteiro, se o casal não é, dificilmente prestaríamos atenção ao resto do filme.

De tempos em tempos diretores aclamados tentam realizar um pornô que possa ser considerado um filme de arte - Stanley Kubrik quase o fez no final dos anos 60. Porém alguns cineastas na Europa deram uma chegadinha na sacanagem e ganharam um bom dinheiro, vide Joe D'Amato e Jess Franco. Na América, Armand Weston - que começou a carreira como diretor de pornôs - fez The Defiance of Good (1974) e The Nesting (1980), tentando mesclar os dois gêneros. Outras películas que devem ser citadas nesse segmento são The Sex Machine (1971) e Sex Wish (1976).

Antes de Hershell Gordon Lewis, a morte no cinema era simples, limpa e indolor. Na época de Lewis, o descarte de vitimas combinando efeitos grotescos e não convincentes gerou quase uma comédia de humor negro. Com Last House on the Left as coisas mudaram: apesar de Lewis mostrar mutilações gráficas, seu elenco era incapaz de demonstrar emoção, o filme de Craven era infinitamente mais plausível no sofrimento sem mostrar tudo tão explícito, um passo a frente no exploitation.

Confinamento, degradação, humilhação e dor são os principais atrativos de produções como Last House on Dead End Street (1977), Pets (1972), A BRUXA QUE VEIO DO MAR (1976), Bloodsucking Freaks (1976), Human Experiments (1979), Mother's Day (1980) e, obviamente, O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA (1974), não é por acidente, portanto, que uma enorme parcela destes filmes que caíram de pára-quedas no Reino Unido acabaram sendo perseguidos no escândalo dos Vídeo Nasties.

Só que o tempo passa e no aspecto de "tortura" gráfica e perturbadora, todos eles seriam sepultados em covas profundas pelos japoneses nos anos 80 e 90, através de aberrações como a série Guinea Pig (1985), Red Room (1999) e Rubber's Lover (1996) só para citar alguns.

Pode parecer sádico de minha parte dizer isso, mas ver alguém morrer no cinema é simples e rotineiro. Extinguir uma existência é "normal" na TV, livros... Ninguém levanta uma pestana: assassinatos são aceitáveis. Mas estupro era um tabu gigante, mostrar uma morte em todos os seus detalhes gráficos "ad nauseam" pode ser feito quantas vezes quiser, mas mostre uma cena de estupro e você tem um teste para a moralidade do público. E enquanto um estupro for considerado um destino pior do que a morte, este quesito não será desafiado na continuidade da história do cinema.

E pode escrever, as motivações para gravar tais cenas têm explicações mais psíquicas do que parece. De acordo com o livro Arousal: The Secret Logic of Sexual Fantasies (2001) escrito pelo médico Michael J. Bader, 24% dos homens e 36% das mulheres já tiveram fantasias com estupro e 10% delas consideraram como sua fantasia favorita. E o exploitation, mais uma vez, respondeu à altura.
Começou com Last House on the Left e não poderíamos deixar de colocar A VINGANÇA DE JENNIFER (1978), também estão nesta barca Wet Wilderness (1975), Hot Summer in the City (1976), Femmes de Sade (1976), Forced Entry (1972), e por aí vai.

No início dos anos 80, dois problemas ocorreram: a pornografia se torna mais acessível ao público interessado com o começo do VHS, e a MPAA passa a apertar mais os pequenos produtores com a censura em favor das gigantes e, assim, cenas de estupro em filmes de horror ou películas temáticas com estupro desapareceram dos cinemas tão subitamente como quanto surgiram.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

banda perereca moon lança novo disco






a banda perereca moon especializada em punk gotico macabro finalmente lança um novo disco

tratase de um ao vivo gravado na casa mais famosa de minas no cenario musica pigs house
a banda volta em grande estilo
com um repertorio super diversificado passando pelo punk e entrando no metal
o cd em breve irei postar no site
no momento tenho o ensaio para o show da banda
que teve so musicas de peso

1 policia
2 nib
3 troops of tomorrow
4 in the dust of world
5 frankenstain
6 solitude
7 pain inside
8 had love turned the world

link para baixar o disco

http://rapidshare.com/files/256675593/perereca_moon_live_at_pig_house.mp3.html


videos da banda

BANDA TOCANDO
http://www.youtube.com/watch?v=rVnQDwYbum8

video 2 cover the stooges
http://www.youtube.com/watch?v=Zr2igUksPPI

video 3 simple live
http://www.youtube.com/watch?v=OCI8laA8fZ4

video 4 cover planet hemp
http://www.youtube.com/watch?v=58ItGg9McEo

video 5 had love turn the world
http://www.youtube.com/watch?v=kaeyuGtfMQE

video 6 had love turned world
http://www.youtube.com/watch?v=cQIow3A9OEE